quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

trovinha pra menina em frente ao mar

Menina chorando no canto
De dia se enfeita e finge ser grande
De noite se ajeita, se encolhe, se deita
E sonha com amor tão distante.

A menina que chora de noite,
Às vezes, chove de dia.
Isso, às vezes, cansa.
Isso, às vezes, entristece.
Anda tão triste, a menina,
Anoitece.

Mas como deixar de sofrer?
Como deixar de chover?
Como deixar de amar?
Como deixar de querer?

De tanto procurar forma,
Encontrou a solução:
Sonhar com amor tão distante
Apenas na imaginação!

Mas dói só viver “de mentira”.
Dói não ser de verdade.
Dói querer sem medida.
Dói amar com saudade.

“sabe lá o que é morrer de sede em frente ao mar, sabe lá...” [djavan]

Nenhum comentário: