quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

nada de novo no front

Existe uma gota presa
apenas uma, represa
reclusa em algum lugar
entre a língua e a laringe

Em meio
peito seios bicos bocas
não geme nem barulha
sequer marulha tão pouco
mar que é

não oprime, comprimido
garrado no esôfago
a torcer entranhas,
a tossir silenciosos urros

não sobe não desce
é gota que aguarda
sublimação,
evaporação
barata sem tragicomedias
lânguidas, desesperador
passar.

e o dado novo
do dia novo
é que não há nada
de novo nisso,
de novo...

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