terça-feira, 25 de novembro de 2008

morrer de mar

O mar: belo, profundo, em eterno movimento. Em cantos de sereia: nos seduz e nos consome. Nos chama e nos afoga. É preciso um certo controle, mas nem sempre isso é possível. Há os que se limitam a chegar na praia e olhá-lo sem penetrá-lo, há ainda os que só molham as pontas dos pés, dos dedos – delicados. Eu não, eu mergulho, molho a cabeça, cabelos escorridos e penteados pelas águas salgadas! Brinco com a areia e a água. Como ir ao mar e não mergulhar na sua natureza? Água fria, sal, marés, vagas, turbulência, calmaria, areia, conchinhas, brisa e calor fazem parte do seu ciclo e é disso que é feito o mar e seus ventos – elementos água e ar – e por que haveria de ser diferente?
Mas o perigo existe todo o tempo!
E eu sei que posso prudentemente desistir do mergulho
ou me afogar e, poeticamente, morrer.

2 comentários:

palavras sobre qualquer coisa disse...

Já me disseram mais de uma vez: "Cuidado pois mar não tem cabelo". Faz tempo que nutro um respeito profundo pelo mar e os limites que ele impõe a nós, pequenos humanos.

Mas nas poucas vezes que o visito, faço um acordo invisível com ele. E o mesmo me permite desfrutar de sue frescor e beleza, e eu sempre prometo me comportar e ter reverência ao seu poder e amplidão. Sempre deu certo. Espero que continue assim pela eternidade do mar e de minha alma.

Adorei. Adorei também a citação do Wilde. O problema é que entre todos os pecados capitais, o da soberba é o que mais me preocupa.

Besos.

Anônimo disse...

o mar tem cabelo! ;D